Já escrevi aqui sobre os black blocs ("Entre PM´s e Black blocs") e a baderna que os "desobedientes civis" causam em nome de um ideal. Mas hoje quero abordar aqui os movimentos sociais.
A intolerância de certos movimentos enche o saco. A constituição te assegura o direito de protestar.
"É livre a manifestação de pensamento" diz o inciso quarto do artigo quinto da constituição federal (sim, eu amo citar a constituição e as leis). Mas não o direito de ser babaca e querer enfiar um ideal goela abaixo de alguém.
Mas parece que alguns movimentos sociais estão se achando no direito de ir além disso. Estão obrigando pessoas a participar do movimento. Parecem aqueles crentes chatos que querem enfiar a bíblia na sua cabeça. O "Você tem que crer!" se tornou "Você tem de pular a catraca!"
Um jovem que foi almoçar no restaurante universitário teve o desprazer de encontrar um movimento social que estava barrando a entrada de quem quisesse pagar em prol de uma causa maior. Entenda:
"Hoje fui almoçar no bandejão da UNICAMP e estava ocorrendo uma manifestação contra um novo convênio da universidade com o Santander, em que a carteira de estudante pode ser usada como cartão do banco para clientes. A ideia era pular a catraca, não pagando pelo almoço, como forma de manifestação.
Eu,que não concordo com a ação de não pagar, pedi que retirasse a fita para eu poder pagar normalmente, fui totalmente impedido, passei 30 min discutindo com o pessoal e mesmo assim não deixara, de modo que o único modo de almoçar ali era aderindo ao movimento.
Isso mostra, claramente, que não houve qualquer espontaneidade no movimento e que não se sabe quantos alunos realmente apoiam ou estão aderindo por pressão do manifestantes, que não chegava a 20 contra a imensa quantidade de pessoas que frequentam diariamente o restaurante.
Ou seja, me convidaram para um almoço que não era na casa deles e nem com o dinheiro deles.
Deixo claro, que não apoio a universidade divulgar meus dados para bancos e realizar convênios automáticos em meu nome sem minha autorização, mas é direito meu escolher como e onde irei me manisfestar."
Rodrigo Aderne, estudante da UNICAMP.
O mais interessante é ver a integrante do movimento chamando Rodrigo de "violento". A violenta aqui é ela que impede a passagem dele. A intolerante aqui é ela, que não suporta a ideia de que um estudante não apoie seus ideais. Aqui lembro de uma saudosa frase de Vladimir Lênin: ACUSE SEUS ADVERSÁRIOS DAQUILO QUE VOCÊ É.
Se acontecesse comigo?
190. Porque - usando termos que esse pessoal gosta - não sou obrigado.
Aceitem: ninguém é obrigado a concordar com vocês.
Constituição Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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