Leitores, sem textos e reflexões por hoje. Por HOJE. Vamos relembrar os melhores momentos da saga do impeachment, que se encerra hoje, 30 de agosto de 2016.




Photoshop do sorriso do Temer

A gemidinha do whattsapp interrompendo a sessão.

Quando o grande jurista "Tomás Turbando foi citado"

Quando o Collor se vingou


Quando Lewandowski confundiu um senador com um descobridor

Quando um pózinho suspeito apareceu . . .

 Quando o advogado de Dilma chorou

Quando Dilma Fez uma metáfora típica de Marina Silva 
Quando a advogada de acusação chorou

Quando Silvio Santos ofereceu uma solução
Quando fizeram referência ao Pica-Pau

Quando Dilma deu 100% de bug







Quando DIlma mostrou uma tabela








"Construção: tijolo por tijolo, um desenho mágico. Foi assim que foi feito o impeachment. Joga Pedra na Geni: quantos abraçaram a presidente Dilma no passado e jogaram pedras nela ontem. Cálice: quantos beberam do vinho da presidente e ontem disseram 'afasta de mim esse cálice'".

"Roda Viva: roda mundo, roda gigante, roda muito, gira muito o mundo. Muda-se de posição como mudam as nuvens. Mulheres de Atenas: mirem-se nas mulheres de Atenas, tantas mulheres de Atenas. Vai Passar: dormia a nossa pátria tão distraída sem saber que era subtraída em tenebrosas transações".

"Meu Caro Amigo: aqui na terra estão jogando futebol, tem muito samba, muito show e rock' n' roll. Um dia chove, outro dia faz sol, mas o que eu quero lhe dizer que a coisa aqui tá preta, presidente. É pirueta para ganhar transação. A Gente Vai Levando: de teimoso, de pirraça, até porque sem cachaça ninguém segura esse rojão."

"E termino com a música dele Apesar de Você: apesar de você, amanhã vai ser outro dia. Eu espero que com meu voto o outro dia seja com a presidente Dilma. Mas se for para o Michel Temer, que ele resolva os problemas profundos da crise do Brasil", finalizou o senador Otto Alencar, na  madrugada do dia 31, parodiando ao todo NOVE MÚSICAS DE CHICO BUARQUE, que esteve presente no Senado ao lado do ex-presidente Lula.




TCHAU, QUERIDA!




Meus caros, hoje tenho aqui para vocês a resenha de um livro que me surpreendeu, tanto pela sua simplicidade quanto pela sua profundidade. Um livro com referências à Star Wars, David Bowie, Pânico, C. S. Lewis e tantos outras coisas e nos fala de esperança, confiança, amizade e, acima de tudo, de como são difíceis os relacionamentos.



Auggie (August Pullmann) é um menino de dez anos que tem uma síndrome genética que fez com que seu rosto sofresse uma deformidade: seus olhos ficam à altura das bochechas, suas orelhas praticamente não existem, seu nariz é grande e sua pele parece uma vela depois de a cera ter escorrido.

Auggie sempre estudou em casa com sua mãe, Isabel. Mas agora ele terá de enfrentar o que seria o maior desafio da sua vida: o ensino fundamental. Em meio à discussões, Isabel e seu marido resolvem que é hora de Auggie ter uma nova experiência. Auggie, primeiramente reluta, mas aceita, e terá um grande desafio pela frente: convencer seus colegas de que ele é um garoto tão comum quanto eles.

Durante o período que está na escola, Auggie terá de lidar com o bullying que muitos farão por causa de seu rosto, com amigos que não são tão amigos assim (ou são - leia o livro e você vai saber do que eu estou falando), com sua irmã, Olivia, que está na adolescência e passando, assim como ele, por mudanças.


Uma das coisas mais bonitas do livro é a amizade que Auggie constrói com uma garotinha, Summer, e um menino, Jack (em especial, para mim, a do Jack). Antes amigos por pena ou algo parecido, Jack e Summer são conquistados pouco a pouco por Auggie, e vão percebendo a cada momento que passam com ele, que tanto quanto eles, Auggie é um menino normal.

Um dos personagens detestáveis é Julian; mas n~]ao, não fique com raiva dele por ele ser um babaca com Auggie: muitas vezes nós somos e não percebemos. No livro, a família de Julian pede que Auggie seja retirado da escola - um dos momentos chave do livro para mim.

Olivia, ou Via para os íntimos, está passando por mudanças e isso reflete no seu relacionamento com Auggie. As suas amigas mudaram, já não falam dos mesmos assuntos,; agora ela está numa nova escola onde ninguém conhece a vida dela, o que ela acha legal. Apesar de tudo, Via é uma das personagens mais fantásticas do livro, ao lado de sua mãe e de Jack. Via é compreensível, amorosa, carinhosa e ama Auggie de uma forma quase incondicional.

Outra coisa bacana do livro: os preceitos do Professor Browne que também completam as histórias vividas por Auggie tanto na escola quanto em seus mais diversos relacionamentos.



O livro é recheado de referências. Star Wars, David Bowie, As Crônicas de Nárnia, Diário de um Banana, e tantos outros trechos de livros e filmes e músicas que tornam o livro, apesar de simples e gostoso de ler, um tanto quanto interessante. As referências não são soltas no meio do livro: elas fazem sentido. Quando por exemplo, a amiga de infância de  Via e Auggie usa o trecho de uma canção para descrever Auggie.

Um livro que li praticamente em um dia (não faça isso: demore mais tempo para ler, assim você não fica com saudades tão rápido) e que me surpreendeu ao falar de forma tão simples sobre assuntos que geralmente são tratados com psicologia freudiana nos demais romances: amizades, relacionamentos, gentilezas e esperança.

Assim como o título, o livro é extraordinário.


O mês das Olimpíadas merece mais um texto especial sobre: as Olimpíadas! E a torcida brasileira tem causado polêmica, tanto de forma positiva, quanto de forma negativa.



A popularização do futebol no Brasil cresceu de forma rápida: os estádios nas grandes cidades do Brasil já na década de 20 estavam lotados, e inúmeros admiradores escolhiam clubes para torcer; com o crescimento no número de pessoas que passaram a curtir apaixonadamente o futebol, grupos começaram a se reunir para frequentarem os estádios juntos, até que na década de 40 surgiram as primeiras torcidas organizadas no Brasil.

Na década de 40 o movimento de torcidas uniformizadas teve início em São Paulo, com torcedores da elite paulistana que se encontravam nos clubes, festas e se organizavam para irem ao estádio e sentarem em uma determinada parte da arquibancada.

Torcida do Clube Atlético Piracicabano, década de 40.

A forma de torcer do brasileiro é visivelmente influenciada pela história vitoriosa do Brasil em competições relacionadas ao futebol e esse amor ao futebol foi passando de geração a geração.
O torcedor Brasileiro pode muito bem ser descrito como um fanático,alguém que realmente ama o esporte e comete loucuras por seu clube de coração.

E essas loucuras, por muitas vezes podem ser grosseiras e maal educadas. Alguns estrangeiros reclamaram do comportamento da torcida brasileira durante os jogos e afirmaram que o brasileiro acha que todo esporte é futebol.

Foto: Reuters

Exato, e o começo desse texto explica um pouco do porquê disso. O comportamento da torcida levantando o time, vibrando na arquibancada e desejando sorte aos atletas é fundamental, e sempre bem-vindo. 

O que não é bem visto pelos estrangeiros é a falta de civilidade e de ética. Somos anfitriões das Olimpíadas. Isso pressupõe que devemos receber as delegações dos países da melhor maneira possível. E nisso não entra derramar vaias sobre quaisquer delegações ou atletas (por mais que o atleta seja aquele nariz empinado insuportável ou por mais que a gente goste de uma vaiazinha, não é mesmo).

E é evidente que a gente não sabe torcer pra outros esportes que não estão incluídos na nossa cultura. O brasileiro quando está torcendo para a esgrima, espera pelo "gol". Nisso eu não posso culpar o torcedor brasileiro, apenas pedir que ele se comporte (o que eu duvido que ele fará: como dizem, brasileiro é foda) .

Mas o que supera essas desavenças é a alegria, a animação, a empolgação, e, claro, a nossa querida e amada zueira, patrimônio tombado das terras tupiniquis.

Começo por aquilo que representa de forma profunda o espírito de porco (do bem) do povo brasileiro: o mascote dançando de uma forma GENIAL



Temos também as bizarrices: 





Fotos: G1

Carlos Andrés Mina era o nome do boxeador equatoriano. O brasileiro não perdeu tempo: "MINA, seus cabelo é daora...."





Na disputa de vôlei do Brasil contra o Japão, na quarta passada (10), a jogadora Gabi marca um ponto, mas quem fica animado é o narrador: ele começa a narrar/cantar/entoar "Ragatanga", do Rouge:



E pra você ficar com uma gostinho a mais da zuera, veja esse compilado dos melhores momentos da tocha olímpica no Brasil:






FONTES

Torcida brinca, vaia e movimenta as arenas olímpicas
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/torcida-brinca-vaia-e-movimenta-arenas-olimpicas.html

O surgimento das torcidas organizadas no Brasil
http://guisambareando.jusbrasil.com.br/artigos/254214897/o-surgimento-das-torcidas-organizadas-no-brasil

Os 10 melhores momentos da torcida brasileira na Olimpíada
http://super.abril.com.br/cotidiano/os-11-melhores-momentos-da-torcida-brasileira-na-olimpiada



Após um mês de descanso (merecido, pois o semestre foi puxado) voltamos pra falar de uma coisa extraordinária e fantástica: as Olimpíadas!

Aneis que simbolizam os Jogos Olímpicos

No ano em que o Brasil, mais precisamente o Rio de Janeiro, sedia os Jogos olímpicos, é importante relembrar como tudo isso começou.

Vista do rio de Janeiro
O nome "Olimpíadas" deriva do nome do monte onde os gregos acreditavam que viviam os deuses da mitologia: o monte Olimpo. Os jogos olímpicos da Antiguidade eram uma espécie de homenagem a Zeus, o principal deus da mitologia grega: eram reunidas pessoas das mais diversas cidades gregas para disputarem os jogos.

Monte Olimpo
Os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade foram realizados no ano de 776 a.C, enquanto o último foi realizado no ano de 396 d.C. Neles, as principais modalidades eram as corridas, o arremesso de disco, o pentatlo, entre outras. O pentatlo era considerado o evento mais importante dos Jogos: disputava-se salto em distância, arremesso de disco e lançamento de dardo em uma só prova. O atleta que vencesse os três era considerado o campeão, sem precisar disputar as outras provas.
Já os Jogos Olímpicos Modernos são mais recentes e foram idealizados por Pierre de Coubertin, um barão francês. Coubertin organizou um congresso internacional em Junho de 1894, em Paris, onde propôs que se voltasse a realizar evento desportivo internacional inspirado nas Olimpíadas da Grécia Antiga; este congresso levou à formação do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Pierre de Coubertin
A primeira Olimpíada da Modernidade aconteceu em Atenas, na Grécia, em 1896. Contando com a participação de 241 atletas de 14 países: Alemanha, Itália, Estados Unidos, Suécia, Suíça, Bulgária, Grã-Bretanha, Dinamarca, Hungria, Grécia, Austrália, e um representante latino: o Chile.

Abertura da olimpíada de 1896, em Atenas.

Mas alguns fatos marcantes da história se entrelaçaram com as Olimpíadas. Em 1936, as Olímpiadas aconteceram em Berlim, na Alemanha, durante o regime nazista.

Hitler assistindo aos Jogos de 1936
Os Jogos forneceram um palco para a disseminação da estética nazista e foi utilizado como veículo de propaganda pelo regime hitleriano. Os nazistas aproveitaram o evento para propagandear suas ideias e não economizaram para isso: orçamento dos jogos foi ampliado em 20 vezes e o resultado foi a construção do mais moderno complexo esportivo até então. 




Na Olimpíada da Cidade do México, em 1962, Tommie Smith e John Carlos, dois atletas afro-americanos, medalhistas dos EUA, fizeram a saudação do black power - braço estendido com o punho enluvado e fechado - durante a cerimônia de premiação da modalidade, após vencerem os 200 metros rasos. Por seu gesto, uma clara manifestação política, os dois atletas foram banidos dos Jogos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O punho erguido (raised fist) é um símbolo do Partido dos Panteras Negras

O protesto dos atletas em 1962

E em 1972, na Alemanha, aconteceu o Massacre de Munique: durante os Jogos Olímpicos de 1972, integrantes da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro. Após o sequestro, negociações dos terroristas, tudo isso acontecendo entre os dias 4 e 6 de setembro daquele ano, o conflito acabou: Um total de cinco terroristas foram mortos (outros três foram capturados). Cerca de onze reféns (David Berger, Ze'ev Friedman, Joseph Gottfreund, Eliezer Halfin, Joseph Romano, Andrei Schpitzer, Amitsur Shapira, Kahat Shor, Mark Slavin, Yaakov Springer e Moshe Weinberg) e um policial alemão também perderam a vida.

Um dos terroristas que participou do massacre.
Mas quero terminar com uma das histórias mais bonitas das olimpíadas: Vanderlei Cordeiro de Lima.








FONTES:

A origem e as primeiras modalidades dos Jogos Olímpicos- http://wp.clicrbs.com.br/podiacki/2015/07/02/a-origem-e-as-primeiras-modalidades-dos-jogos-olimpicos/?topo=67,2,18,,30,67

Massacre de Munique - https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Munique

Partido dos Pantyeras Negras - https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Panteras_Negras

Nerdologia 158 - Olimpíadas - https://www.youtube.com/watch?v=ripYefLhsAQ