É quase certeza que durante o dia de hoje você ouviu alguém dizer que está cansado. Não é à toa. Todos nós estamos cansados.Todos nós somos cobrados.E nos cobramos. Todos nós temos afazeres e coisas com as quais nos preocupamos. O problema é que estamos sendo muito cobrados. E nos cobramos muito também.
Marcos é um garoto de dezessete anos. Está no terceiro ano do ensino médio e, como todo garoto de terceirão, tem uma vida bastante corrida: de manhã, ensino médio, de tarde, curso técnico e à noite estuda para o vestibular e para o ENEM.
Hélio, pai de Marcos, trabalha de oito da manhã até seis da tarde. Ele é vendedor numa loja de materiais de construção. Pela noite, ele trabalha de garçom numa lanchonete. Ou seja, sai de casa às sete da manhã e chega por volta das onze. Praticamente ele vê os filhos somente no fim de semana.
A mãe de Marcos, Laura, é costureira. Faz seu próprio horário. Trabalha o dia todo para conseguir entregar suas encomendas. Cuida da filha de dois anos, Carolina e também faz os afazeres da casa.
Essas histórias são fictícias, mas poderiam muito bem ser a história de qualquer um de nós.
Todos estamos cansados. Seja pelo emprego, seja pelas situações da vida, seja por dívidas, seja pelo semestre da faculdade. Cada qual com seus problemas. Mesmo quando tentamos relaxar, nos pegamos pensando em alguma coisa que deveríamos entregar ou que temos de entregar.
A questão é que precisamos encontrar um caminho para descansarmos. Se estamos nos cobrando muito, precisamos rever nossas cobranças. Se a sociedade está nos cobrando muito, vamos reter as cobranças necessárias e dispensar as que são apenas um meio de nos cansar.
A sociedade cobra de uma criança de dezessete anos que ela decida a sua vida numa prova. Isso não precisa ser assim. Cobram que as pessoas tenham uma vida de luxo e riqueza. Inutilidade. Cobram que tenhamos um bom emprego e que a gente trabalhe muito. Trabalhar muito e não aproveitar a vida.
Precisamos aprender que não precisamos ceder nem às cobranças da sociedade, nem às nossas para sermos felizes, e que a felicidade é mais simples e menos cansativa do que parece ser.
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