Escola tem de ser ocupada por quem quer estudar

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Desde 3 de outubro, o Estado do Paraná está vivendo um movimento de ocupação das escolas estaduais. O movimento 'Ocupa Paraná' afirma que são 850 instituições de ensino ocupadas, 14 universidades e três núcleos. Onde há ocupação, as aulas estão suspensas.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Educação do Paraná, 792 colégios estão ocupados – um terço das escolas. Os jovens se dizem contrários à medida provisória que promove mudanças no Ensino Médio.

Como se não bastasse impedir um terço das escolas de abrirem, uma das ocupações foi protagonista de uma barbárie: um adolescente de 16 anos foi assassinado na tarde desta segunda-feira (24) com facadas no pescoço e no tórax na Escola Estadual Santa Felicidade, em Curitiba.

Lucas Eduardo Araújo Mota - Foto: F. de S. Paulo
O adolescente Lucas Eduardo Araújo Mota foi morto por outro colega, de 17 anos, que também estava na ocupação do Colégio Estadual Santa Felicidade. Segundo a Secretaria da Segurança, os dois se desentenderam após usarem uma droga sintética, "balinha", dentro do colégio. (Balinha = Ecstasy)

Mota foi atacado com uma faca de cozinha, na altura do pescoço. O autor foi abordado pela polícia horas depois e, segundo o governo, admitiu o crime. Ele foi apreendido e deve responder por homicídio.

Gritos e choros eram ouvidos do lado de fora e pelo menos 12 estudantes que estavam no local no momento da morte foram interrogados em conjunto pelo delegado que investiga o caso. O colégio foi desocupado espontaneamente no início da noite de segunda (24).

"Esse colégio não tem faca, não tem armas. A culpa dessa morte é do governo do Paraná, que esta incitando a violência contra as ocupações", disse a advogada Tânia Mandarino, que defende voluntariamente as ocupações.

"Esse colégio estava numa verdadeira paz. Tem todas as regras na entrada. Um cartaz em frente ao colégio diz: 'Proibido artigos ilícitos dentro da instituição. Favor deixar na portaria. Não resista.' ", disse a professora de português Loren Júlia.

CONSIDERAÇÕES


Primeiramente, eu gostaria de entender esse fetiche que essa turma tem em ocupar lugares. É um tesão por ocupar que eu não entendo. Mas vamos lá.


"A culpa dessa morte é do governo do Paraná". 

Ou a advogada Tânia Mandarino usou da mesma "balinha" que os dois envolvidos, ou gosta de falar bobagens mesmo. De que diabos ela está falando quando diz que a culpa da morte do menino é do governo? Por acaso foi a polícia militar que matou o jovem? Ah, tenha paciência minha senhora. 

A professora de português citada acima parece estar no mesmo mundo da advogada Mandarino. Diz que a escola estava numa verdadeira paz. Diz que havia um cartaz que proibia artigos ilícitos. Como se regras impedissem pessoas de fazer o que elas bem entendem. O reflexo da paz que havia na escola: consumo de drogas e um cadáver.

Foto: Divulgação- Facebook

O movimento Ocupa Paraná soltou duas notinha asquerosa sobre a morte do rapaz. Confira:

Nós do Movimento Ocupa Paraná, recebemos ontem, na parte da tarde, a informação do falecimento do estudante Lucas Eduardo Araujo Mota, de 16 anos, que, independente de qual a situação em que este episódio tenha ocorrido, abalou a todos nós. Nos solidarizamos à família, amigos, e à comunidade escolar, e ainda lamentamos que esta fatalidade tenha ocorrido dentro de uma escola ocupada. Infelizmente, episódios como estes acontecem cotidianamente nas periferias do estado do Paraná, onde o poder publico não consegue promover políticas públicas para a juventude, como esporte, lazer e cultura.[...]

Recebemos hoje a triste notícia de que um estudante de apenas 16 anos foi morto em uma escola ocupada no Paraná, a notícia foi recebida com muita tristeza por todos aqueles que lutam por uma educação pública de qualidade no Brasil. Lucas Eduardo, mesmo não sendo um dos estudantes que ocupavam a escola é também vítima de um sistema que oprime e que não corresponde aos anseios da juventude.

Apesar das diversas correntes de ódio que tomaram conta do estado no dia de hoje, nós do movimento Ocupa Paraná não queremos e nem vamos culpabilizar ninguém pelo acontecido. Neste momento queremos apenas prestar solidariedade à família de Lucas, família que perde um dos seus para o ódio, para a intolerância e para a violência.[...]

Notem os trechos grifados. É de uma canalhice que eu jamais vi. Primeiro, esses são apenas trechos. As notas divulgada gastam mais longas linhas defendendo as ocupações. No primeiro trecho, o movimento faz um discursinho meia-boca tratando a morte de Lucas como a que ocorre nas periferias. Mas não são iguais: ocorrem em locais e situações diferentes e OCASIONADAS POR MOTIVAÇÕES DISTINTAS. Ou uma morte que ocorre numa escola é sempre igual a uma que ocorre na periferia? 

Outra: não vamos culpabilizar ninguém? O movimento nem mesmo repudia o assassino! Um menino morre e mandamos tudo às favas? Não aqui. Os culpados pagarão sim. 

Defendo sim a liberdade de manifestação e de pensamento. Mas não quando você tira o direito de alguém de estudar. Escolas são locais onde a esperança nasce, não onde ela morre. Querem ser contra a reforma na educação? Sejam! Mas não impeçam aqueles que querem estudar de o fazer. 

As escolas devem ser ocupadas por aqueles que querem fazer dela uma escola, não um ponto de resistência. Aquele que quiser brincar de guerrilheiro, arranje seu próprio quartel general. A reforma da educação não é nada perto de um bando de idealistas que em nome da educação impedem alunos de estudar .




FONTES:

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/10/adolescente-e-encontrado-morto-dentro-de-colegio-estadual-ocupado.html

https://www.facebook.com/OcupaPr/

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/10/1825767-adolescente-morre-em-escola-estadual-ocupada-por-estudantes-em-curitiba.shtml


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