Bom dia, tarde ou noite, caro leitor! Hoje presto minha homenagem a meu humorista favorito, Ronald Golias, que morreu há exatos dez anos (e um dia). 

Aviso que posso ter cometido alguns exageros - afinal quando se admira alguém, sua opinião sobre esse torna-se um pouquinho suspeita - mãs fora isso, leia com gosto uma breve história sobre esse grande artista!


(São Carlos, 4 de Maio de 1929 — São Paulo, 27 de Setembro de 2005)

Sem dúvida alguma, (José) Ronald Golias foi um dos maiores nomes do humor no Brasil. Nascido numa família modesta e humilde, o filho de D.Conceição e Seu Arlindo deve seu nome à grande admiração que seu pai tinha pelo ator inglês Ronald Colman.

Ronald Colman, ator.

Golias já foi alfaiate, funileiro e nadador no Clube de Regatas Tietê, na década de 40 em São Paulo. Ele vinha se destacando nos espetáculos aquáticos: suas performances eram cheias de diálogos e cenas bem construídas, o que fez com que o futuro humorista ganhasse uma grande visibilidade.

Na década de 50, após o destaque ganhado por suas acrobacias e espetáculos na água, ele começou a participar de programas de calouros nas rádios, e foi na grandiosa Rádio Nacional que ele conheceu ninguém menos que Manoel de Nóbrega - aos leigos, pai de Cazalbé de Nobrega - que na época era diretor do humorístico "A praça da alegria".

Era impressionante aos olhos de todos o talento nato que Golias tinha para inventar situações engraçadas e fazer o público rir. Ele tinha sacadas hilárias e conseguia exprimir de qualquer roteiro, por pior que fosse, uma boa dose de humor, recheado com muito improviso - e por esse motivo, foi contratado por Manoel de Nóbrega.


Ronald Golias.


Em 1967, ano de nascimento de sua filha - Paula -  com Lúcia machado, Golias estreava um de seus grandes sucessos: A Família Trapo. Junto de Otelo Zeloni, Jô Soares, Renata Fronzi, Ricardo Côrte Real e Cidinha Campos,Golias protagonizava cenas hilárias e mudava completamente a forma de fazer humor na televisão brasileira: o humor, antes refinado e destinado às elites, agora era zuado e de certa forma destinado ao "populacho".

Elenco de "A Família Trapo"

Ronald Golias tinha infindáveis amigos - seu carisma e bom humor cativavam todos à sua volta. Alguns dos que mais me marcaram foram os que estão nas imagens abaixo: Jô Soares, Hebe Camargo,  Nair Bello e , é claro, Carlos Alberto de Nóbrega. Golias era fantástico em todas as suas atuações, mãs tinha uma química especial com esses em especial - o textos ganhavam  um improviso leve e totalmente divertido que, fluía naturalmente entre eles quando contracenavam.


Golias e Jô; Golias e Hebe; Golias e Nair Bello.

Coloquei numa imagem em especial Golias, Cazalbé, e o mestre da televisão brasileira, Sílvio Santos (MAHOEEE) porque os três tem uma história que construíram, praticamente, juntos.




Os três faziam espetáculos e shows juntos - na década de 60 e 70. Nesses espetáculos é que surgiram algumas curiosidades : o apelido de "Peru que fala",foi dado a Sílvio por Golias. 

Foram também desses shows que Cazalbé e Silvio criaram programas como "Topa Tudo"; e Silvio Santos foi o grande incentivador de Golias para que ele seguisse no humor criando figuras caricatas e engraçadas que fizessem o povo que assistia dar boas risadas - três grandes artistas que contribuíram grandemente para a história do humor e da TV brasileira.



O Profeta e suas revelações hilárias que garantiam bons momentos de diversão, o aluno burro e insuportável Pacífico, que com seu jeito chato e irreverente, conseguia nos arrancar boas risadas, Carlo Bronco, o chato carrancudo, porém hilário e o professor Bartolomeu Guimarães com sua voz fanha, eram grandes personagens que foram construídos por Golias ao longo dos anos e que após a década de 90 e até a sua morte foram interpretados por esse grande humorista.

Assista abaixo - não prometo fortes gargalhadas - um momento épico onde Golias, na pele de Carlo Bronco, contracena com Hebe Camargo.



Pioneiro, inovador, engraçado, irreverente, insano, sem frescuras, Golias fazia um humor que, embora tosco, te fazia pensar, raciocinar, para rir. Dono de bordões como "Ô Cride, fala pra mãe...", "O quê que é isso?" e "Di di di di diii!" ele era debochado e mestre do improviso, Golias não fazia humor apenas pelo dinheiro - ele amava o que fazia -  e o que fazia, fazia com suprema excelência.

Viva Ronald Golias!



Nobres leitores, muito bom dia, tarde ou noite!

Se vocês não sabiam, fiquem sabendo: hoje, dia 23 de setembro comemoramos - pelo menos eu comemoro - o DIA MUNDIAL DO SORVETE!


Parece algo totalmente ridículo, não é mesmo? Mãs por que não comemorar? Afinal, para ser o que é hoje, o sorvete passou por séculos de evolução e histórias até virar uma casquinha de meio dólar que você compra no McDonald´s - e, pasmem, já foi até símbolo de luta das mulheres! Por trás de coisas que, podem parecer banais, existe uma história que, por mais que seja simples, é extremamente interessante

A história do sorvete vem de tempos muito remotos  - muito antes da invenção da geladeira. Os primeiros sorvetes eram na verdade uma mistura de leite de arroz e gelo  - segundo as informações mais relevantes tem origem no Oriente, mais precisamente na China há mais de três mil anos.

A receita foi aprimorada por árabes que desenvolveram a fórmula chinesa e incorporaram suco de frutas e mel à pasta de gelo e leite de arroz resultando naquela famosa "raspadinha".


Raspadinha

Após séculos e séculos agradando reis, rainhas e imperadores como Nero (que mandava seus servos irem buscar neve nas montanhas para fazerem o sorvete) e Catarina Di Médici (a italiana que levou o sorvete para a frança), o sorvete encontrou o seu lugar - em 1660 foi inaugurada a primeira sorveteria da história do mundo: O Café Procope, na França foi o primeiro local a servir sorvetes no mundo, sendo também o estabelecimento mais antigo da cidade de Paris.

A paixão pelo sorvete é antiga. Afinal, um sorvete não é somente um sorvete. Ele pode ser seguido de uma boa conversa, uma boa discussão, um momento agradável em família ou com os amigos, ou apenas um simples sorvete que dá aquela sensação de frio, um sentimento de que você está na frente de um ventilador, ainda que esteja caminhando no sol escaldante de dezembro.


Café Procope, Paris.

E o Brasil?

Em 1834 é que se tem notícia dos primeiros sorvetes feitos no Brasil - no Rio de janeiro, precisamente - quando dois comerciantes compraram mais de 200 toneladas de gelo e passaram a misturar com frutas - principalmente adicionando toques mais tropicais e utilizando frutas como pitanga, coco, carambola, manga.... - e vendendo em determinados horários.

Os anúncios avisavam a hora exata em que o sorvete ficaria pronto, afinal, ainda não era possível, no Brasil daquela época, armazenar o sorvete, embora os caras tenham conseguido manter o gelo por CINCO MESES.

No Brasil do século XIX bares e confeitarias eram frequentados única e exclusivamente por homens.
Antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrar nos bares, cafés, docerias, confeitarias. Mas quando o maravilhoso sorvete chegou ao nosso país, as mulheres não se conformaram mais com essa convenção e passaram a invadir estes lugares para saborearem os deliciosos gelados.

O sorvete teve importante participação no início da luta das mulheres por liberdade e igualdade, então quando for tomar um, saboreie com respeito - afinal, ele deu o pontapé inicial para conquistas femininas posteriores (embora atrasadas), tais como o voto.


Chocolate, baunilha, napolitano, morango, pistache, flocos, brigadeiro, maracujá, dos sabores mais convencionais aos mais bizonhos possíveis, o sorvete sempre será aquela ótima opção para um início de tarde, ou até mesmo para uma madrugada de verão. Bolo com sorvete, brownie com sorvete, milk shake, sundae...uma infinidade  de possibilidades e combinações que tornam uma sobremesa ou um passeio muito mais agradável. 

Se até aqui você ainda acha que a comemoração do dia mundial do sorvete é ridícula, tudo bem. Eu também, embora comemore, não acho que isso seja grande  coisa. Mas vamos combinar que o sorvete tem uma bela história . E sim, mereceu esse post, que não tem a função de fazer você pensar ou refletir, embora se você quiser, ele possa fazer isso.

"Eu vou tomar um sorvete, para alegrar o meu dia." - Tiê, cantora.
Bom dia, boa tarde, boa noite nobres leitores!

Com todos os rumores e boatos sobre a tão falada "ideologia de gênero", a discussão se torna cada vez mais conflitante e debatê-la cada vez mais difícil - e portanto necessária.


A ideologia de gênero tem seus conceitos atrelados à raízes marxistas. Friedrich Engels, fiel parceiro de Karl Marx, escreveu em seu livro "A origem da família, da propriedade privada e 
do Estado" que o matrimônio é como uma indústria onde o homem (patrão) oprime sua mulher (empregado); dando a ideia que a primeira opressão de classes se dá pelo antagonismo entre os sexos.¹



Clássica cena da guerra de comida da novela "Guerra dos Sexos"

A ideologia de gênero tem por objetivo acabar com os conceitos de homem e mulher. Em seus sentidos jurídicos, biológicos, sociais...

Para os ideólogos de gênero, as definições biológicas de sexo - masculino e feminino - são apenas dados físicos e devemos nos libertar deles para compor nossa própria identidade de gênero, admitindo que as pessoas se tornam homens ou mulheres porque são produtos da cultura de onde vivem, obrigadas a serem quem são (homens ou mulheres).

O que os que acreditam nessa ideologia pregam o que chamam de "a autoconstrução da identidade sexual", mãs na realidade pretendem, por trás desse bonito discurso, desconstruir a pessoa humana: no momento em que você afirma que não há homem ou mulher, cai por terra a humanidade particular de cada indivíduo, tornando-o apenas um simples aglomerado de células.

A partir do momento em que você defende a extinção da definição sexual, você não pode defender causas, tais como a da homossexualidade ou o feminismo - lembre-se, segundo os ideólogos de gênero, o conceito de homem, mulher, transexual, homossexual, são apenas construções sociais, e portanto deve haver uma luta para desconstruir tais conceitos, e não defendê-los.

Sendo assim, você não poderia, mesmo após "desconstruir" seu gênero, afirmar-se como gay, lésbica, homem, mulher....Essa afirmação seria considerada uma imposição sua à sociedade. Seria sexista e ditatorial da sua parte. Tudo isso é muito relativo - é o que dirão.
Identidade de gênero?

E quando nem a sociedade, nem os pais e nem a família concordam com essa ideologia?

Tentam levá-la para as escolas. Lá é que "educarão" as crianças a serem não mais meninos ou meninas; a serem quem eles acham que são. 

A escola deve se ater à suas funções básicas - as quais nem de longe cumpre com êxito - que é formar cidadãos conscientes que saibam, ao menos, fazer operações básicas de matemática, ler e escrever. E óbvio, o respeito às diferenças.

E a educação sexual? Ensinem Biologia. Você aprende tudo sobre sexo! - ou pelo menos deveria ser ensinado tudo sobre.

Existem óbvias diferenças entre os gêneros. Negar isso é uma completa idiotice. Logicamente que deve-se lutar por igualdade de direitos, afinal, somo todos - homens e mulheres - seres humanos com direitos e deveres iguais.
Igualdade social entre os gêneros

Mãs há um momento em que não é possível ser mais iguais do que já somos.

Nascemos com claras disposições biológicas no que se refere à comportamento, identidade e gênero - e estas são diferentes entre homens e mulheres.
E de onde vem essas diferenças?  O que coordena essas diferenças?

As diferenças entre os cromossomos - XX feminino e XY masculino - não são meros caprichos da biologia. A biologia, além de tudo, estuda a vida. Os cromossomos definem a sexualidade de uma pessoa ao nascer. Cabe a essa pessoa aceitar ou não viver como tal.



Quando dizem que há influências da cultura e da sociedade, concordo em "gênero", número e grau. Não se pode negar que há forte influência da cultura e da sociedade, e essas influências ajudam a compor a pessoa humana. 

Não estou dizendo que tudo é biologia, estou dizendo que ela NÃO PODE ser ignorada.

A ideologia de gênero é a afirmação  de que a pessoa humana é sexualmente indefinida e indefinível, e não passa de uma folha em branco que a sociedade molda em seus padrões: nosso ser não passa de um reflexo da sociedade que precisa a todo custo ser desconstruído, sem qualquer porquê.

Parece totalmente sem lógica, não é mesmo?

É exatamente essa a lógica da ideologia de gênero:  não ter lógica alguma.


¹Friedrich ENGELS. The origin of the family, private property and the State. New York: International Publishers, 1942, p. 80.



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Nobres leitores, bom dia, boa tarde, boa noite!

Aceitar que vivemos momentos de crise é difícil: nos acostumamos facilmente aos tempos de paz.

Vivemos num mundo de constantes crises. Econômicas, políticas, religiosas, sociais...E atualmente, a situação piora a cada dia. É inegável. Tentar negar a alta da inflação ou a crise política que permeia Brasília é ser infantil. É preciso aceitar, independente de posição política, que estamos vivendo a era das vacas magras - e como estão magras. 

Somos excelentes em reclamar, não é mesmo? Seja dizendo que não há crise, seja dizendo que ela não vai passar tão cedo. E não são brilhantes sugestões, são apenas conjecturas, ideiazinhas, palpitotes. As guerras ideológicas travadas no Facebook são a prova dos reclamões de plantão. A cada dia que passa a crise se agrava, é verdade. E as guerrilhas virtuais também. 

Confesso que adoro reclamar. Mãs não por querer defender minha posição ideológica e blá blá blá. Reclamo por um único motivo: é a única coisa que posso fazer. Não tenho altos cargos no governo, não faço parte da grande mídia, não tenho grandes fortunas nem uma série de outras coisas.Sou apenas um jovem estudante.  E convenhamos, quem pode fazer alguma coisa além dos que estão nos representando? 

Porém, apesar das constantes murmurações em relação à crise, eu não vivo em função dela. AHÁ!
Aí é que está. Reclamo, sim. Até demais - tenho que reclamar menos, verdade. Mas eu VIVO. 

Quando reclamar, seja bem humorado, dê gargalhadas, seja irônico, sarcástico. Discuta também, tudo dentro dos limites do respeito e do bom senso - a amada zoeirinha pode ter seu espaço. Ria da situação, apesar de complicadíssima. Todos têm seus problemas, melhor é enfrentá-los rindo da situação.

E que diabos essa imagem dum carrossel numa lagoa representa? Lembra quando você era criança e não se preocupava com nada? Tente enfrentar as crises com a alegria de uma criança - e com a maturidade de um idoso, claro.

Quando você começa a viver, apesar da crise, uma hora você nem percebe mais que ela está aí. Mentira, você percebe sim. Mãs a sua vida passa a ser alegre e divertida, apesar da crise.












Nobres amigos, muito prazer, meu nome é Allan - pronuncia-se Álã, com ênfase no A.

Tenho 17 anos, mas a mentalidade varia.
Tem hora que tenho 7, tem hora que tenho 67.

Por trás dessa fotinho fofinha há um monstro.

Talvez minha qualidade principal seja a empatia que tenho com as pessoas - embora isso seja algo aparentemente invísivel aos outros por eu ser tímido.

Sou muito chato, critico praticamente tudo, sou tímido, encho a paciência das pessoas ao meu redor - quase sempre - e me interesso por praticamente todo tipo de assunto.

Da revolução farroupilha a um canal de zoeira no Youtube, dos livros bíblicos aos últimos filmes lançados, de culinária à física quântica, de poesia à Direito constitucional, de política à MPB.
Pode parecer loucura, e é.


. Sempre busco conhecer a verdade dos fatos , ainda que ela possa ir contra minhas convicções. 

Cristão? Sou. 

Mãããs, o meu cristianismo anda lado a lado com a zueira divina.
A zoeira - e a auto-zoeira - estarão presentes, não tenham dúvidas.

Então não se preocupe, acesse o blog sem medo.

As malditas vírgulas que vocês encontrarão aqui, certamente estarão recheadas de verdade, humor e ironia.

Pelo menos esse é o objetivo.
¯\_(ツ)_/¯

Um abraço na alma.