Os 498 anos da Reforma Protestante, comemorados hoje, no dia 31 de outubro, trazem consigo dez pontos (na verdade dois grupos de cinco) que praticamente jogaram luz nas sombras teológicas da igreja do século XVI.

PS: Não é um texto totalmente meu. Recortei partes de dois textos e os agrupei de uma forma inteligível junto a comentários e anotações minhas, espero que aproveitem!

TULIP - Os cinco pontos do calvinismo.

Antes de adentramos no cinco pontos que são o resumo da fé cristã, assista esse videozito maravilhoso de três minutos sobre a vida de João Calvino.


Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Estes cinco pontos foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados Gerais da Holanda e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares.

Os cinco pontos do calvinismo foram formulados em resposta a um documento que ficou conhecido na história como Remonstrance (protesto), apresentado ao Estado da Holanda pelos discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Arminius. 

Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do Arminianismo”. E como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo”.

Os Cinco Pontos do Calvinismo” ficaram conhecidos em iglês pelo acróstico TULIP (tulipa):


otal Depravity = Total Depravação
nconditional Election = Eleição Incondicional
imited Atonement = Expiação Limitada
rresistible Grace = Graça Irresistível
erseverance of Saints = Perseverança dos Santos

Depravação Total – O calvinismo diz que o homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo. 

Ou seja, o homem está preso, morto no pecado e é uma merda ambulante incapaz de se salvar.



Eleição Incondicional – O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto. 

Ou seja, a vontade de Deus é soberana, não a do homem. Deus não é um banana


 Expiação Limitada – O calvinismo diz que Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.

Cristo morreu por aqueles que escolheu. "Ain, mas não é justo!". E quem é você perto de Deus para dizer o que é ou não justiça? Deus é amor, salva quem quer. Deus é justiça e condena que quer.


Graça Irresistível – O calvinismo entende que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. 

Os calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. 

Desde que todos os espíritos mortos (= alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (= regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida.

 No momento que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.

Quando Deus derrama sua graça sobre a vida daqueles que escolheu, eles a compreendem e amam de tal forma que eles não podem resisti-la. 


Perseverança dos Santos – O calvinismo sustenta muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” -, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. 

Os eleitos ‘perseverarão' pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos .

Se você realmente entendeu a graça irresistível, JAMAIS IRÁ DEIXÁ-LA. Se deixou, nunca a teve.



As grandes ênfases da reforma - As cinco Solas

Sola scriptura - SOMENTE A ESCRITURA! O conhecido Sola Scriptura acentua que as Escrituras são a nossa única regra de fé e prática e que devemos rejeitar, peremptoriamente, qualquer doutrina que não esteja fundamentada na Palavra de Deus. Não podemos acrescentar nada às Escrituras nem retirar delas qualquer de seus ensinamentos.

Ou seja, nada de inventar ou acrescentar absolutamente NADA àquilo que já é tido como suficiente. Geralmente quando tentam fazer isso, dá merda (vide Edir Macedo e afins).

Sola Fide - SOMENTE A FÉ! O conhecido Sola Fide enfatiza que a salvação é recebida por meio da fé e não através das obras. Não somos aceitos por Deus por causa das nossas obras. Somos aceitos em Cristo, por causa de seus méritos, e recebemos essa salvação gratuita por meio da fé.

“Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9) O homem não tem méritos aqui. O dom é de Deus.

Sola gratia - SOMENTE A GRAÇA! O conhecido Sola Gratia destaca que não somos salvos pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós. Graça é um dom precioso concedido a alguém que não merece, mas precisa. Deus nos amou quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos buscou quando estávamos perdidos. Deus nos deu vida quando estávamos mortos. Atraiu-nos para ele, quando todas as inclinações da nossa carne eram inimizades contra ele. 

A graça é o favor imerecido. Não somos salvos porque somos bons. Somos bons porque somos salvos.

Solus Christius - SOMENTE CRISTO! O conhecido Solus Christus evidencia que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o único Mediador entre Deus e os homens. Ele é a Porta do céu, o Caminho que nos leva ao Pai. Por sua morte na cruz, rasgou o véu do santuário e abriu-nos um novo e vivo caminho para Deus. Jesus é o único Salvador e não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. 

Nada de papas, pastores, bispos, etc, etc, etc...Entre Deus e nós, somente Cristo.

Soli Deo Gloria - O conhecido Soli Deo Gloria destaca que tudo foi criado por Deus e existe para a glória de Deus. O fim último da nossa própria existência é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. O homem não é o centro do universo, Deus é. A salvação é pela graça, pela fé, para as obras, com o único propósito de que Deus seja glorificado por toda a eternidade. 

Ou seja, Deus é soberano. Não um banana. Muito menos a Hello Kitty.

A reforma foi uma obra soberana de Deus. Ele apenas usou homens comuns como Lutero e Calvino para nos mostrar  as cagadas que estávamos fazendo e para que a gente voltasse às verdadeiras coisas que importam: a fé, a escritura, a esperança, a graça, o amor e Cristo, mãs pelo visto, precisamos de novos Luteros e Calvinos, porque a igreja de Cristo continua fazendo merda e continua vivendo como se um dia Ele não fosse voltar.


REFERÊNCIAS:

SILVÉRIO, André do carmo. João Calvino e os "Cinco Pontos do calvinismo". Disponível em<http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/joao_calvino_5pontos_silverio.htm> Acesso em 29 out 2015.

LOPES, Hernandes Dias. Reforma Protestante, uma volta às escrituras. Disponível em<https://blogapenaswords.wordpress.com/2015/10/31/reforma-protestante-uma-volta-as-escrituras/> Acesso em: 31 out 2015.





No mês de outubro os cristãos (pelo menos eu) comemoram a reforma protestante!

Hoje vou escrever sobre um dos grandes nomes da Reforma Protestante: Martinho Lutero.

Martinho Lutero foi uma das grandes figuras polêmicas do cristianismo. Revolucionário, herege, apreciador de uma boa cerveja, ávido leitor da bíblia, antissemita (acredite se quiser), o monge que deu o pontapé inicial da Reforma Protestante pregando (literalmente) 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg que deixaram o papa da igreja católica um leão (ba dum tss).


Cena do filme "Lutero"


Nascia a 10 de novembro de 1483 na cidade alemã de Eisleben, Martinho Lutero.
Durante a sua infância, Lutero frequentou a escola até meados de 1498, onde foi enviado aos franciscanos e recebeu educação musical e poética - destacando-se no canto.

No início do século XVI, Lutero vai estudar na faculdade de Erfurt, onde aprende latim, lógica, filosofia, aritmética, retórica....e vááários outros conhecimentos.

Martinho juntou-se à ordem dos eremitas de Santo Agostinho depois de fazer uma promessa à santa Ana no meio de uma tempestade, quando um raio caiu próximo a ele, isso no ano de 1505.

Lutero realizou sua primeira missa em 1507 e forma-se em teologia em 1512.

Sobre Lutero ser antissemita, em alguns de seus escritos pode-se perceber a aversão que Lutero tinha para com os judeus, principalmente por motivos teológicos. Ouça mais sobre isso com o podcast "BTCast 123 - Lutero no banco dos réus" (http://bibotalk.com/podcast/btcast-123-lutero-no-banco-dos-reus/).


Retratação da venda de indulgências pela Igreja

" Para cada pecado de luxúria cometido por um leigo, a absolvição custará 27 libras e 1 soldo..."
A lista de compra do perdão para os pecados era bem grandinha. E a venda de indulgências era bastante lucrativa à Igreja.

 Além disso, não era somente o poder e a  riqueza da Igreja. A "santa" inquisição, a corrupção de padres e monges, a proibição da bíblia e a adoção de dogmas que não condiziam com ela deixavam Martinho cada dia mais encasquetado.

E em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da Catedral de Wittenberg suas 95 teses.

As 95 teses de Lutero


Algumas delas...:

       6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.

     40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.

  82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?

Foi na Dieta de Worms na Alemanha, que Lutero foi convocado para desmentir suas teses. E Lutero:
“Visto que vossa sereníssima majestade e vossas nobres altezas exigem de mim resposta clara, simples e precisa, vou dá-la, e é esta: Não posso submeter minha fé, quer ao papa, quer aos concílios, porque é claro como o dia que ele têm frequentemente errado e se contradito um ao outro. A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; queira Deus ajudar-me. Amém”.
E foi em janeiro de 1521 que Lutero foi excomungado da igreja católica pelo papa Leão X, que chegou a afirmar que ele era apenas um alemão bêbado que escreveu as teses e que mudaria de opinião.
Martinho Lutero não pretendia fundar uma nova religião. Ele realmente pretendia fazer uma "reforma" na igreja católica.
 "A paz se possível, a verdade a qualquer preço." - Martinho Lutero





Olá leitores!

Hoje vou falar um pouco sobre história. Mais precisamente sobre um dos presidentes do Brasil que eu mais admiro. A questão aqui não é se ele foi herói ou vilão - esse preto no branco é um saco mãs sim suas contribuições para a mudança do país.

Getúlio Vargas, um presidente que, à la D. Pedro I, equilibrava-se entre os interesses dos trabalhadores e das elites, fazendo sempre (ou pelo menos tentando) aquilo que era melhor (ou o que ele achava que era melhor) para o futuro do país.



      O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi responsável por grandes conquistas sociais, tais como o voto secreto e universal – determinado na constituição de 1934 – e a CLT – a consolidação das leis trabalhistas – que garantiu aos trabalhadores importantes direitos como a carteira de trabalho, o salário mínimo e o descanso remunerado:

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
 decreta:
 Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente.
Rio de Janeiro, 1 de maio de 1943.  (BRASIL, 1943)               

         

        Após 1937, com o surgimento do Estado Novo – decretado por Varga em cadeia nacional de rádio – houve um fortalecimento da política populista no governo Vargas.               

     O que movia essa política de fabricação e consolidação da imagem de Getúlio eram o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) - órgão governamental responsável pela censura e liberação dos meios de comunicação no País durante o Estado Novo - e o Ministério da Educação. 

         E para Nobre
[...]foi importantíssima a participação da imprensa como divulgadora e propagandista desta ideologia estadonovista. (...) Getúlio passava a ser conhecido como 'pai dos pobres'. O trabalhador e o trabalho passavam a figurar nos discursos oficiais de tal forma que iriam marcar grande parte das manifestações culturais e políticas do País.



     O monopólio que o DIP exercia nos meios de comunicação, garantia a uniformidade das informações veiculadas. Nas redações dos órgãos de imprensa a presença física dos censores foi a realidade, num primeiro momento do Estado Novo, sendo posteriormente substituída pela censura por telefone.                                                                                   

      E Barbosa reitera que “uma das faces mais importantes da construção do mito em torno de Getúlio Vargas é a de “pai dos pobres” e líder das massas trabalhadora. Assim, Vargas é sempre o sujeito da ação: ele é quem cria, determina, estabelece, manda, assina.”.     

     E as eleições de 1950 comprovaram o imenso prestígio de que Getúlio Vargas desfrutava. Empossado em 31 de janeiro de 1951, Vargas mostrou que não somente conseguiu emplacar a sua campanha populista anos antes, como conquistou a confiança de milhares de brasileiros.                                                                                                                      
    A volta de Getúlio ao poder, desta vez eleito democraticamente, simbolizava a volta do nacionalismo e das questões sociais e trabalhistas aos interesses do país.  Em linhas gerais, as duas principais bandeiras levantadas pelo candidato foram a questão nacional e os programas de reforma social.

        O primeiro, percebido notadamente na intenção da criação de empresas como a Petrobras, a Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional. As questões sociais eram percebidas no discurso do “pai dos pobres”, que pretendia ampliar a legislação trabalhista. (LAMARÃO)                                                                                                                

 Abreu traz uma abordagem interessante quando pontua que

Ao iniciar sua volta ao poder em 1951, Vargas não contou com o apoio da imprensa escrita e falada de maior circulação no país. Sua campanha política foi feita com a utilização de caminhões equipados com alto-falantes e de volantes impressos que divulgavam seu programa de governo. 

A imprensa, na verdade, atacou violentamente as propostas políticas, econômicas e sociais do candidato Vargas. Essa recusa em apoiar a volta de Vargas estava referenciada principalmente ao período do Estado Novo, quando se criou uma imagem negativa do ditador entre intelectuais e jornalistas.


Vargas utilizou um slogan em sua campanha que fazia um trocadilho interessante com sua carreira política:
 “Bota o retrato do velho outra vez/
  Bota no mesmo lugar/
  Bota o retrato do velho outra vez/
 Bota no mesmo lugar/
O retrato do velhinho faz a gente trabalhar”. 

A campanha utilizava-se novamente da questão social trabalhista para promover novamente a figura de Getúlio – além de incentivar a população a “colocar o velho” no poder – o que acabou acontecendo com a vitória de Getúlio nas urnas.                                                            
Carlos Lacerda, o corvo negro

 A oposição a Vargas se intensificou a partir de 1953 e teve na imprensa a liderança, principalmente, do jornalista Carlos Lacerda, proprietário do jornal Tribuna da Imprensa Carlos Lacerda se utilizou de seu jornal para atacar o presidente nos mais variados aspectos possível – os dois eram inimigos declarados. (Digamos que Carlos Lacerda queria ser presidente a todo custo. Tipo um Aécio Neves, só que mais chato.)

Além de Lacerda, o jornal O Estado de S. Paulo e o Correio da Manhã, mesmo adotando um discurso de defesa das formalidades democráticas fizeram dura oposição ao governo Vargas, antes e depois do atentado a Carlos Lacerda.                  

 O clima tenso entre oposição e governo culminou no atentado a Carlos Lacerda no início de agosto de 1954. Esse episódio mobilizou a imprensa, que de modo geral manifestava-se em editoriais contra a permanência de Vargas à frente da presidência.                     


 “A campanha da imprensa, em 1954, quando Getúlio Vargas se suicidou, talvez seja o exemplo mais emblemático da sua [imprensa] vinculação ao campo político e de seu reconhecimento como força dirigente superior mesmo aos partidos e facções políticas.” (BARBOSA, 2007).   

~~~agora um palpitote jornalístico aqui~~~

Pode-se notar em meio a tudo isso, a importância e a relevância da imprensa quando se fala em política. Vivemos hoje um momento crítico onde a história parece se repetir: a imprensa tentando fazer o papel da justiça, como se fosse a própria - cega e imparcial. A imprensa deve sim fiscalizar e acompanhar os acontecimentos políticos, mas não pode utilizar-se deles para pregar um moralismo inexistente inclusive a própria imprensa.

É necessário desenvolvermos uma nova consciência e uma nova forma de fazer jornalismo. 

De alguma forma o jornalismo deve-se ater à sua função básica – informar – mas também desempenhar o importante papel de estar compromissado com a verdade, independente de questões ideológicas, políticas ou sociais. 

Ou pelo menos tender ao máximo a verdade, não colocando a veracidade dos fatos em xeque – afinal, todos os fatos presentes num texto devem estar confirmados – para que o jornalismo tenha credibilidade. Como disse Luís Fernando Veríssimo, “às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.”



ABREU, Alzira Alves de. Getúlio Vargas e a imprensa: uma relação conflituosa.  Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/EleVoltou/RelacaoImprensa> Acesso em : 16.out.2015

BARBOSA, Marialva. História Cultural da Imprensa. Brasil – 1900-2000. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.

BRASIL, 1943. Decreto-lei N.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>
Acesso em 16.out.2015

JAMBEIRO, O., et al. Tempos de Vargas: o rádio e o controle da informação [online]. Salvador:EDUFBA, 2004. 191 p. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/3yd/pdf/jambeiro-8523203109.pdf>                   
Acesso em : 16.out.2015

LAMARÃO, Sérgio. De norte a sul do Brasil - a caravana do candidato Vargas. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/PreparandoaVolta/CaravanaVargas> Acesso em : 16.out.2015

NOBRE, Daniel Praciano. A Influência do Populismo no Rádio Brasileiro durante o Estado Novo. Disponível em: <www.andi.org.br/file/50868/download?token=BTerLGUX> 
Acesso em : 16.out.2015

Bom dia, tarde, noite, nobres leitores!

Dia das crianças é o dia da mãe, do pai, dos professores...
É o dia de quem só envelheceu na aparência!




"Existem jovens de oitenta e tantos anos,e também velhos de apenas vinte e seis!Porque velhice, não significa nada!e a juventude volta sempre outra vez!

Se voce é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda!Amanhã velho será, velho será, velho será!A menos que o coração, que o coração sustente, 
a juventude que nunca morrerá!"


Você pode não gostar da música do Chaves, mãs ela reflete a realidade das nossas vidas!

Nesse post, vou listar ALGUMAS várias coisas que fizeram - e fazem - parte da minha infância.


DESENHOS ANIMADOS  

Ah, os desenhos animados! Eles que, apesar de parecerem bobos, me trouxeram tantos momento de alegria, risadas e reflexão. Não vou poder listar todos - porque, vamos combinar...- mãs os principais...

Produções Hanna Barbera

Hanna Barbera foi um dos estúdios que produziu grandes séries animadas que foram responsáveis, principalmente por despertar em mim a curiosidade e a ironia.

Scooby-doo (sem descrições), Zé Colmeia (um urso safado que roubava comida), Os Flinststones (uma família pré-histórica), Os Jetsons (uma família do futuro), Corrida Maluca (uma corrida maluca - ué ), Capitão Caverna e as Panterinhas ( procura no google, porque descrever o capitão caverna...).

A formiga atômica (uma formiga superforte), Tutubarão (um Scooby Doo aquático), O laboratório de Dexter (um supergêniozinho e sua irmã porre), O homem-pássaro (o verdadeiro Birdman - um advogado ducarai), Os Smurfs, Superamigos (um quase liga da justiça), Tom e Jerry (o gato e o rato), A família Adamms (uma família monstro), A vaca e o frango (uma vaca e um frango), Manda Chuva (um gato amarelo safado).

Fora dezenas de outros: As meninas superpoderosas, Os padrinhos mágicos, A liga da justiça, Batman, Pica pau, Coragem, o cão covarde, Bob Esponja, Três espiãs demais, Hey Arnold, Pokemon, Ben 10, O Máscara (esse tá no topo da lista da zoera master), Snoopy.....e não pode faltar:


Os Looney Tunes

TV CULTURA


A TV Cultura foi uma das emissoras que fez parte da minha infância. Desenhos animados e séries educativas foram responsáveis por me ajudar, em vários aspectos, a ser um ser humano melhor.



Os camundongos aventureiros me mostraram  o mundo em toda sua grandiosidade; o pequeno urso me ensinou a valorizar o mundo e as amizades; Doug me mostrou como enfrentar (ou não) a adolescência; Zoboomafoo me ensinou biologia de forma alegre e e divertida; Cyberchase me ajudou (e muuito) na matemática; Cocoricó sempre preocupado com as questões ambientais; Arthur, assim como Doug, me ajudou a enfrentar as crises dos dez anos; Castelo Rá-Tim-Bum, sei lá, era uma loucura educativa total; e Vila Sésamo é um clássico, né?


SÉRIE VAGALUME

Série Vaga-Lume é uma coleção de livros lançada pela Editora Ática a partir de 1972. As obras são principalmente voltadas para um público infanto-juvenil.

 A série ficou conhecida por capas clássicas e imagens geniais que saíam do livro, e teve títulos que ficaram conhecidos não apenas pelo público infantil ou jovem, mãs também pelos adultos, como o livro Éramos Seis, que foi transformado em telenovela.


Série Vagalume

Alguns dos títulos que me fizeram ser o leitor que sou hoje foram A Turma da Rua 15, O Mistério do Cinco Estrelas, Enigma na Televisão, A Ilha Perdida....E muitos outros que até hoje marcam a minha memória, porque eram -  e são -  livros fantásticos que despertavam a imaginação das crianças.

SÉRIES

Meu gosto por séries não surgiu de uma hora pra outra aos 16 anos. Aquelas séries...




Não preciso nem comentar. Essas séries, boas ou não, fizeram parte da minha infância. E se elas estiverem passando em algum lugar, eu assisto.

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

Esconde-esconde, pega-pega, Taco, Alerta, gibis,  álbuns de figurinhas, tazzos,  Ioiô, casa na árvore, piqueniques, expedições pelos morros de Capivari, minha infância, definitivamente, foi massa. E felizmente, tenho algumas recordações dessa linda fase da vida.

Carretilha (vugo carrinho de rolimã)

Albúns de figurinha

Tazzos e figuretes

Gibis (ou o que restou deles)
Ioiô (eu sabia girar)

Casa na árvore (a minha era modesta e hoje já destruíram)

Jogo de Taco (o tripé era um tijolo ou uma lata de Nescau)

Muita coisa foi esquecida nesse texto. Fatos, histórias, desenhos, séries, muita coisa mesmo. mãs toda essa nostalgia me fez perceber uma coisa: apesar de eu ser um chato, um idoso no corpo de um jovem, ainda restou alguma coisa daquela época em mim. Alguma não, muita coisa. Ainda sou criança!

Como cantava Toquinho na música É bom ser criança,

É bom ser criança
Isso às vezes nos convém
Nós temos direitos
Que gente grande não tem
Só brincar, brincar, brincar
Sem pensar no boletim
Bem que isso podia nunca mais ter fim


Divirta-se nesse dia da criança: ele também é seu!



Bom dia, tarde, noite, amáveis leitores! Hoje tenho para vocês uma espécie de crônica/narrativa/historieta de um jovem rapaz que conheci em Floripa. Curtam aí! 




Das longes e geladas terras da Patagônia saía o jovem Gaspar para revolucionar o mundo - ou só pra surfar mesmo. Saiu de casa aos recém completos vinte anos. E resolveu viajar pelo mundo - pela América latina, para ser exato. Seus pais acharam que ele estava ficando louco. "¿Estás loco, chico?", eles questionavam. Mas não o convenceram a mudar de ideia. E lá se foi Gaspar.

Isso se deu há alguns anos quando, sozinho e pela primeira vez, ele veio ao Brasil. Numa bicicleta. E foi com sua bicicleta que ele percorreu o litoral brasileiro - certamente com algumas caronas. 

Das praias sulinas passou pelas águas de Santos, pelas praias cariocas e pelo litoral nordestino, aproveitando ao máximo as ondas que se formavam ao longo do caminho - afinal, o seu maior desejo era surfar. Gaspar contou com o apoio dos brasileiros: Na chuva, no vento e nos tempos difíceis, sempre aparecia "una persona amiga que ayudaba".


Após um tempo em terras verde-amarelas, ele resolveu ir além das nossas fronteiras: Colômbia, Peru, Chile, Bolívia e República Dominicana também foram agraciadas com a doce presença do jovem moreno de olhos claros. E depois de passar por todos esses países, ele voltou às terras argentinas. Mas... Não por muito tempo.

Pouco tempo depois de chegar  em Buenos Aires, conseguiu uma carona num navio que aportaria em terras uruguaias. Mas, terras uruguaias não são muito boas para surfistas. Sabendo disso, Gaspar resolveu retornar à terras já conhecidas. 

O Brasil estava logo ali. Uma bicicleta certamente resolveria o problema. E, aos vinte e cinco anos, Gaspar chegou à Florianópolis. Gaspar, o malabarista do farol. Existem pessoas fantásticas que são capazes de nos fascinar apenas com a sua simplicidade.