Diários de bicicleta

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Bom dia, tarde, noite, amáveis leitores! Hoje tenho para vocês uma espécie de crônica/narrativa/historieta de um jovem rapaz que conheci em Floripa. Curtam aí! 




Das longes e geladas terras da Patagônia saía o jovem Gaspar para revolucionar o mundo - ou só pra surfar mesmo. Saiu de casa aos recém completos vinte anos. E resolveu viajar pelo mundo - pela América latina, para ser exato. Seus pais acharam que ele estava ficando louco. "¿Estás loco, chico?", eles questionavam. Mas não o convenceram a mudar de ideia. E lá se foi Gaspar.

Isso se deu há alguns anos quando, sozinho e pela primeira vez, ele veio ao Brasil. Numa bicicleta. E foi com sua bicicleta que ele percorreu o litoral brasileiro - certamente com algumas caronas. 

Das praias sulinas passou pelas águas de Santos, pelas praias cariocas e pelo litoral nordestino, aproveitando ao máximo as ondas que se formavam ao longo do caminho - afinal, o seu maior desejo era surfar. Gaspar contou com o apoio dos brasileiros: Na chuva, no vento e nos tempos difíceis, sempre aparecia "una persona amiga que ayudaba".


Após um tempo em terras verde-amarelas, ele resolveu ir além das nossas fronteiras: Colômbia, Peru, Chile, Bolívia e República Dominicana também foram agraciadas com a doce presença do jovem moreno de olhos claros. E depois de passar por todos esses países, ele voltou às terras argentinas. Mas... Não por muito tempo.

Pouco tempo depois de chegar  em Buenos Aires, conseguiu uma carona num navio que aportaria em terras uruguaias. Mas, terras uruguaias não são muito boas para surfistas. Sabendo disso, Gaspar resolveu retornar à terras já conhecidas. 

O Brasil estava logo ali. Uma bicicleta certamente resolveria o problema. E, aos vinte e cinco anos, Gaspar chegou à Florianópolis. Gaspar, o malabarista do farol. Existem pessoas fantásticas que são capazes de nos fascinar apenas com a sua simplicidade.

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