As redes sociais se tornaram ferramentas fantásticas de comunicação e difusão de ideias e ideais. É fantástico ver a forma como pessoas que antes não tinham voz, hoje podem se expressar e compartilhar com o mundo seu jeito de pensar e agir, seus problemas e as aflições da vida.

E se utilizando das redes sociais, movimentos começaram a surgir em defesa de minorias: os negros, os gays, as mulheres, etc. E é extremamente bom que os direitos dessas minorias sejam garantidos e que todas as pessoas sejam tratadas conforme a igualdade e justiça tão aclamados pelo artigo quinto da Constituição Federal.

O problema é quando a luta pela garantia desses direitos  vira uma guerra para saber quem é o mais oprimido entre os oprimidos. E quando só quem pode opinar sobre as questões das minorias são as minorias. Para a maioria dos "justiceiros sociais", homens não podem falar sobre machismo porque são homens. Brancos não podem opinar sobre racismo porque não sentem na pele o que é ser negro. Engana-se quem pensa assim.



Esse modo de pensar nos faz viver como se a vida fosse um eterno jogo de Super Trunfo. Se você tem determinada cor de pele. Se você é de determinada religião. Se você é gari. Se você é empresário.Se é do povo ou da "zelites" Se você é gay. Se é ativista social. Se vota no PSBD. Se vota no PT. Se ganha um salário mínimo. Ou seis. Você ganha pontos com a sociedade progressista (ou os perde) conforme as suas características físicas, psicológicas, ou de qualquer outra natureza.

"Você não pode falar sobre tal assunto porque não tem vivência!" Os ativistas sociais de Facebook acham que as pessoas não podem ter opiniões sobre algo que não viveram. Errado. Olhar uma situação de fora dela pode até mesmo nos ajudar a ajudar quem está vivendo. E não é porque alguém é branco que não pode reconhecer o racismo no dia a dia e repudiar tal atitude.

Em vez de acirrar a luta pela garantia dos direitos das minorias, aqueles que oprimem estão gerando nos ativistas sociais aquilo que eu chamo de guerra de egos rebaixados, onde cada um daqueles que se diz um lutador pelos direitos na verdade só quer disputar com outro defensor das minorias pra ver quem soma mais pontos na liga do oprimido.
Olá queridos leitores! Hoje quero trazer a vocês as minhas impressões sobre o livro de Mark Driscoll, "Quem você pensa que é?". 

Mark A. Driscoll é um pastor e autor norte-americano. É pastor e co-fundador da igreja Mars Hill Church em Seattle, da qual pediu demissão após inúmeras polêmicas. Co-fundou a Rede Atos 29 e tem contribuído para a seção "Fé e Valores" do jornal The Seattle Times. 

Eu diria que, dos pastores que admiro mundo afora (entre eles John Piper, Paul Washer, Billy Graham e Augustus Nicodemos) Mark Driscoll é aquele com quem eu mais me pareço e identifico. Isso pelo fato de ele ser um cara extremamente brincalhão, zoeiro, e  ao mesmo tempo trata as questões cristãs com uma seriedade fantástica e com um amor tremendo.

Assista esse vídeo e entenda o que eu estou falando.


Em seu livro "Quem você pensa que é ?", Driscoll fala sobre um dos assuntos mais relevantes do cristianismo: quem nós realmente somos. Dividido em 16 capítulos que trazem características de quem nós somos, o livro traz um frescor ao universo de livros que tratam do assunto. Enquanto a maior parte dos livros que tratam da identidade cristã são extremamente técnicos, o livro de Driscoll tenta nos fazer enxergar em Cristo a nossa identidade.

Ao longo do livro, Driscoll dá exemplos de pessoas de sua própria igreja que viviam crises de identidade e que encontraram na paternidade de Deus a sua verdadeira identidade. A gente se coloca no lugar dessas pessoas e enxerga um caminho para nossos próprios problemas. O livro de Driscoll não fornece soluções mágicas para os problemas da vida, mas sim atitudes a serem tomadas para uma mudança.

Três capítulos me marcaram em especial. "Eu sou perdoado", "Eu sou adotado" e "Eu sou amado" são três capítulos em sequência que mostram como Deus, através de seu Filho Jesus, perdoa nossos pecados e derrama sua ira sobre Cristo; se antes a gente andava como órfãos, hoje temos em Deus um Pai; um pai que nos ama incondicionalmente.

"Quem você pensa que é ?" nos faz um chamado a descobrir quem nós realmente somos e reconhecer a nossa verdadeira identidade. E, se não sabemos quem somos, descobrir isso nos traz reflexões por toda a eternidade.



Após uma forte discussão com Itaberly, um jovem de 17 anos, Tatiana deu uma chave de braço no filho, que conseguiu se livrar rapidamnete. Em seguida, ela pegou uma faca e a colocou atrás da porta do quarto do filho presumindo que ele poderia matá-la.

Foi aí que começaram novamente um embate, que terminou com Tatiana esfaqueando Itaberly três vezes no pescoço. O relacionamento com o filho sempre foi muito conturbado; e incomodava principalmente a atitude dele de usar cocaína dentro de casa e “levar outros homens com quem mantinha relações”.

Após matar o filho, a mãe se desesperou e acordou o marido (padrasto de Itaberly) e juntos ocultaram o corpo. Itaberly foi enrolado num edredom e jogado num canavial próximo a uma rodovia da cidade onde moram, Cravinhos, interior de São Paulo. No dia seguinte, Tatiana e o padrasto do jovem assassinado queimaram o corpo com cinco litros de gasolina.

Tatiana, gerente de um supermercado, diz que não tinha nada contra o filho ser homossexual. Para o tio de Itaberly, a homofobia foi um dos motivos para a morte do sobrinho. "Acho que tem mais motivos para a morte. Sempre quando eles brigavam [mãe e filho], ele vinha para a nossa casa. Ela não aceitava essa situação dele [homossexual]. Ela queria se afastar dele", disse à reportagem da Folha de S. Paulo. 


A maternidade não está ligada à uma espécie de moral ou bondade. Se duas pessoas transarem sem camisinha, após nove meses nascerá um filho. Infelizmente, nem todos os que transam estão prontos para terem um bebê nos braços para se chamar de filho. E muitos jamais estarão. Ter um filho é fácil. Criar, educar e amar vai além da mera procriação.

Matar uma pessoa pelo que ela é é atitude de covardes cheios de ódio. Quando não se consegue mudar o que uma pessoa é, acaba-se com a vida dela. A morte é vista por pessoas cheias de ódio e rancor como uma espécie de solução para um problema que elas não conseguem resolver. Para Tatiana,o fato de o filho ser gay (entre outras questões) fazia com que ela enxergasse dois caminhos: ou ele mudava, ou ele morria.

Triste perceber a quantidade de ódio que pode existir até mesmo no coração de uma mãe para com seu próprio filho. Os canalhas como ela odeiam com uma fidelidade que chega a ser comovedora. Pessoas como a mãe de Itaberly nos mostram que odiar ainda é a saída de muitos. E será sempre o ponto de fuga de muitos. Mas o pior de tudo é ter de se conformar com o título deste artigo e aceitar que a preciosidade de ser pai e mãe não se restringe apenas às pessoas de caráter ilibado: para a nossa desgraça, os canalhas também procriam.

FONTES:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/01/1849265-adolescente-morto-em-sp-registrou-homofobia-em-ocorrencia-contra-tio.shtml

http://veja.abril.com.br/brasil/nao-aguentava-mais-ele-afirma-mae-que-matou-e-queimou-filho/
Este é um conto escrito por mim num lapso de indignação contra o que algumas igrejas que se diem cristãs têm se tornado.[Tem uns palavrões aí]. Aproveite a leitura e deixe seu comentário!



Todos os que estavam ali já não eram os mesmos. O pastor, antes atencioso e amoroso com todos da congregação, agora pouco se importava com as suas ovelhas: o importante era a "contribuição para a obra de Deus". As ovelhas, pouco se importavam umas com as outras: o importante é que ali, entre aquelas quatro paredes "o milagre ia chegar", "as bençãos iriam ser muitas". 

A hipocrisia reinava. Dona Leila ,por exemplo, era uma ´benção´ na igreja: cantava como um anjo, ajudava na cantina pós-cullto e recebia as pessoas na porta da igreja. Fora da igreja era o próprio demônio: infernizava seu marido e filhos, ao menor sinal de irritação mandava alguém à puta que o pariu e vivia como se nunca tivesse colocado os pés na congregação: amarga e reclamona, digna de pena.

Seu Cleiton, um quarentão chato que gosta de encher o saco dos outros não sai por menos. Ai de você se aparecer de bermuda na igreja ou com a saia acima da canela. Deu uma risada no meio do sermão? "Menino mal educado. Tenha mais respeito com a santa palavra!", reclamava. "Quanta falta de reverência na tua casa, ó Pai", murmurava quando acontecia qualquer coisa que ele não gostasse.

A cada dez frases de Seu Cleiton, onze são para reclamar de algo.A única diferença entre o homem reclamão de olhos fundos e a senhora Leila era que ela costumava ser um demônio fora da igreja. Cleiton não se restringia somente ao "fora da igreja". Dentro dela ele também era um.

Daniela e Flávio vivem apontando os pecados alheios."Por que é que essa gente ainda vêm à igreja?" , ela se questionava aos murmúrio, enquanto os alvos de seus comentários iam entrando um a um na igreja. "Como é que deixam esse viado entrar aqui dentro?!", seu marido pensava consigo.

As principais fofocas e comentários da igreja passam pelos lábios desses dois. O filho do pastor que transou com a filha da diaconisa antes do casamento; o filho da irmã Clarissa, que era homossexual; os anos de prostituição que Cleusa tinha em seu currículo, o irmão Júnior que não deu o dízimo... TUDO era de conhecimento geral se você contasse ao casal. Ou quase tudo. Ninguém sabia dos inúmeros abortos que Daniela fez vezes ou dos dias de bêbado de Flávio - muito menos que traiu Daniela há seis meses com a líder do grupo de teatro. 

O pastor Ademir era o ápice da falta de vergonha na cara. Há tempos atrás era uma pessoa fantástica. Falava de como ele era alegre por ter Cristo na vida dele. Visitava as famílias da igreja sempre com um sorriso no rosto. Ligava para os que não tinham mais ido ao culto para dizer que sentiu falta deles. Mas agora era alguém totalmente diferente. O homem que antes não dava bola pra dinheiro, agora não falava de outra coisa. Comprou uma fazenda onde ia todos os fins de semana, voltava apenas para o culto de domingo à noite.

Seus sermões de domingo eram maravilhosos. Sempre enfatizava que as pessoas são pecadoras e mais ainda o grande amor que Deus tinha por elas. Pregava sobre a cruz de Cristo como um namorado apaixonado descreve sua namorada. Mas não eram mais assim. Agora o foco de suas mensagens eram o quanto você podia ser abençoado. O quanto Deus pode te abençoar se você contribuir. Inventou campanhas mirabolantes: "sete semanas de vitória", "conquiste sua benção", "doze dias de jejum para doze meses de benção". E cada vez mais Ademir transformava Deus num barganhador vagabundo que está interessado no seu dinheiro.

Não fosse a arquitetura comum às igrejas, você não diria que esta é uma igreja. Ou diria. Afinal, a maioria delas tem se tornado exatamente o oposto do que deveriam ser. Em vez de serem espaços de amor e comunhão, tem se tornado antros de imundície. Em vez de ser a noiva descrita em Cantares, tornou-se uma prostituta barata de um bordelico qualquer. 


2017 finalmente chegou! Quero começar o ano mostrando o trabalho final que eu produzi para a disciplina de Planejamento Gráfico: Uma revista de oito páginas sobre ROGUE ONE!


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