As redes sociais se tornaram ferramentas fantásticas de comunicação e difusão de ideias e ideais. É fantástico ver a forma como pessoas que antes não tinham voz, hoje podem se expressar e compartilhar com o mundo seu jeito de pensar e agir, seus problemas e as aflições da vida.
E se utilizando das redes sociais, movimentos começaram a surgir em defesa de minorias: os negros, os gays, as mulheres, etc. E é extremamente bom que os direitos dessas minorias sejam garantidos e que todas as pessoas sejam tratadas conforme a igualdade e justiça tão aclamados pelo artigo quinto da Constituição Federal.
O problema é quando a luta pela garantia desses direitos vira uma guerra para saber quem é o mais oprimido entre os oprimidos. E quando só quem pode opinar sobre as questões das minorias são as minorias. Para a maioria dos "justiceiros sociais", homens não podem falar sobre machismo porque são homens. Brancos não podem opinar sobre racismo porque não sentem na pele o que é ser negro. Engana-se quem pensa assim.
Esse modo de pensar nos faz viver como se a vida fosse um eterno jogo de Super Trunfo. Se você tem determinada cor de pele. Se você é de determinada religião. Se você é gari. Se você é empresário.Se é do povo ou da "zelites" Se você é gay. Se é ativista social. Se vota no PSBD. Se vota no PT. Se ganha um salário mínimo. Ou seis. Você ganha pontos com a sociedade progressista (ou os perde) conforme as suas características físicas, psicológicas, ou de qualquer outra natureza.
"Você não pode falar sobre tal assunto porque não tem vivência!" Os ativistas sociais de Facebook acham que as pessoas não podem ter opiniões sobre algo que não viveram. Errado. Olhar uma situação de fora dela pode até mesmo nos ajudar a ajudar quem está vivendo. E não é porque alguém é branco que não pode reconhecer o racismo no dia a dia e repudiar tal atitude.
Em vez de acirrar a luta pela garantia dos direitos das minorias, aqueles que oprimem estão gerando nos ativistas sociais aquilo que eu chamo de guerra de egos rebaixados, onde cada um daqueles que se diz um lutador pelos direitos na verdade só quer disputar com outro defensor das minorias pra ver quem soma mais pontos na liga do oprimido.