Os dois idioletas

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Caros leitores, como vocês sabem, ontem foi votado na Câmara dos Deputados o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Bate-boca e confusão já são de praxe, mas dois deputados bem conhecidos por todos, e que a todo instante arranjam uma maneira de se projetarem na mídia conseguiram se superar na noite de ontem.



Jair Bolsonaro tinha tudo para sentar o cacete em Dilma e no governo. Em tempos de crise - gerados pelo atual governo, diga-se de passagem - Bolsonaro poderia atacar os mais diversos frágeis pontos do governo (do treinamento do MST pela Venezuela, do apoio do PT ao Maduro, dos 30 reais pagos  aos manifestantes petistas, dos crimes de responsabilidade, da farsa eleitoral, da tentativa de livrar o nome Lula...) e sairia cantando de galo.

Mas o que ele fez? Dedicou o seu "sim ao impeachment" ao Coronel Brilhante Ustra, um torturador da ditadura militar brasileira. Santa burrice.



Aspas para o "gênio":

“Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim".

Ironicamente, ele dedicou seu voto democrático a alguém que anos atrás torturava pessoas e era serviçal de um regime autoritário e hostil. Bolsonaro deve tomar cuidado para que seu ânus não venha a ter inveja de sua boca.

E Jean Willys?

Bom, Jean Willys teve a chance de sentar o pau em Bolsonaro, acusá-lo de ser um filhote da ditadura, fascista e condenar as "belas palavras" proferidas por seu principal oponente. Poderia também forçar a ideia de que a votação de ontem pode ser comparada aos acontecimentos de 1964 e impor uma imagem ditatorial a um impeachment constitucional.

Em vez disso, fez uma burrice sem tamanho: CUSPIU em Bolsonaro. Ou tentou cuspir.
Sua desculpa para tal nobre gesto foi que "na hora em que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na saída e tentar agarra meu braço. Ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que é o que ele merece". E reiterou que  "cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse e quantas vezes tivesse vontade".




Pelas atitudes estúpidas que os dois tiveram é que eu os considero dois grandes idioletas: cometem burrices e fazem asneiras tão grandes que só podem mesmo ser atribuidas a eles. Isto é cometer uma idioletice; quando uma pessoa faz algo tão único, com seu perfil e características, que aquela cagada só pode mesmo estar atrelada a tal indivíduo.




FONTES:

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/04/17/interna_politica,754124/apos-voto-jean-wyllys-cospe-em-direcao-do-deputado-jair-bolsonaro.shtml

http://www.ilisp.org/artigos/bolsonaro-fica-de-cara-com-um-gol-sem-goleiro-mas-chuta-para-fora/

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/17/jean-wyllys-cospe-em-bolsonaro-e-diz-que-faria-de-novo.htm

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